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TÃO EU....

Gente que ora todos os dias de agosto a dezembro, para que as férias chegue logo. Daí, quando FINALMENTE elas chegam, não sabem o que fazer com tanto tempo livre. Essa sou eu. Nas férias de julho, estava na primeira semana das férias de inverno e acordava sem nenhuma idéia do que fazer para me divertir. Todas as minha amigas estavam em casa, tinha filme novo no cinema, esmalte novo para redecorar as unhas, tinha chocolate para fazer aquele brigadeiro que é a minha especialidade... Mas cadê a vontade de levantar da cama ? 
A preguiça me obrigava a ficar de baby-doll, caneca de chocolate quente numa mão, celular e controle remoto na outra.
Levantava só quando o telefone residencial tocava, então aproveitava que estava de pé para ir até a cozinha tomar aquela decisão difícil: tomo café ou almoço ? O que também significa escolher entre devorar umas três bolachas recheadas de chocolate ou um prato de miojo. Claro, porque não nem queria pensar em comida de verdade, que desse trabalho pra fazer. E férias não combinam com coisas chata desse tipo. Aliás, a única pessoa que eu conheço que tirar férias para trabalhar em casa é a minha mãe.
Eu queria mais era aproveitar até cansar de descansar. Até quase morrer de tédio. Até então, estava feliz só de olhar meus livros empilhados no fundo do meu armário e por saber que não precisava deles pra nada. De botar o despertador pra tocar cedinho, só pra ter o prazer de desligar. De usar o meu baby-doll de seda e meias coloridas de dedinhos como se fossem uniforme. De não ter que fazer escovar nos cabelos, passar corretivo para esconder as olheiras e passar perfume, tudo isso antes mesmo de acorda de verdade. De não ter trabalho, prova, lição. De pensar meia hora antes de responder pra alguém que dia da semana é... Queria continuar sendo feliz assim, gastando 99,9% do meu tempo de férias no computador e na TV e talvez passando 1%  de todas as minha horas livres fazendo outras coisas interessantes.
E daí? Se eu tivesse de férias de seis meses, duas vezes por ano, aí ia ser exagero. Mas com as férias curtinhas de julho é diferente. Não queria nem pensar quando aquilo ia acabar, queria pensar que iria ser eterno e sempre assim gostosinho. Como o amor verdadeiro. E quer saber ? Sinto falta das férias de julho, e espero anciosamente pelas de dezembro.


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